Imagine que você vá comprar um carro. Primeiro, você pesquisa muito sobre os modelos disponíveis, escolhe algum que parece atender suas necessidades e então vai até uma concessionária e faz um test drive. Lá testa as funções, vê se é confortável, se está de acordo com o que você viu antes, e só então faz o investimento financeiro. Você acabou de prototipar a experiência que vai ter usando seu carro novo.

A prototipação serve para validar todas as ideias antes da etapa de desenvolvimento do projeto, para assim evitar erros maiores (e mais caros) no futuro.

Mas o que é um protótipo?

Do grego proto(primeiro) e typos(forma), o protótipo nada mais é do que o primeiro esboço do projeto, podendo ser de baixa ou alta fidelidade, onde o foco principal é validar as funções e requisitos do que está sendo desenvolvido, afim de alinhar as expectativas do cliente e as necessidades do mercado com o produto final que será lançado.

Quando devo fazer um protótipo?

A prototipação pode ser feita em qualquer fase do projeto, de várias formas diferentes, alternando graus de fidelidade e complexidade de acordo com quais informações precisam ser validadas.

Protótipos de baixa fidelidade  —  Colocando as ideias no papel

São os mais básicos, geralmente compostos por formas geométricas simples que buscam apenas enfatizar as funções da interface, sem grandes interferências estéticas, de tal modo que a estrutura é o que chama mais atenção durante o uso.

Podem ser feitos à mão, com papel e caneta, ou no computador, através de sites como o Balsamiq e o Moqups, ou ainda com softwares mais avançados como o Adobe Illustrator ou SketchApp.

O mais indicado é que sejam feitos na etapa inicial, onde as ideias ainda estão sendo colocadas no papel, devido à sua rapidez e baixo custo que permitem que mais soluções diferentes sejam testadas sem medo.

Prototipação

Protótipos de alta fidelidade  —  Como as soluções funcionam

Esses protótipos são mais parecidos com o que se espera do produto final, podendo contar ou não com grande quantidade de detalhes estéticos e funcionais. Com eles busca-se validar parte dos aspectos visuais e verificar se os fluxos aprovados não possuem nenhuma falha ou função ausente.

Geralmente são feitos apenas em softwares avançados, como SketchApp ou Adobe XD, onde é possível também criar versões navegáveis do protótipo, para aproximar ainda mais o usuário da experiência final do produto.

Esse tipo de protótipo é feito apenas quando o projeto está amadurecido, pois leva mais tempo para ser feito e necessita de maiores recursos. Nesse estágio, o que é produzido para o protótipo já é boa parte do que será usado na versão final.

E quais os reais benefícios disso?

Quando mais cedo os erros são encontrados, mais rápido eles podem ser corrigidos.

Fazer validações ao longo do processo permite que tudo seja testado a todo momento, com isso o produto final fica muito mais conciso, a produção se torna uma etapa assertiva e no fim você tem exatamente o que o mercado precisa, pois foi possível testar isso com os usuários antes mesmo de gastar dinheiro com o lançamento.

Além disso, os protótipos iniciais são ainda mais importantes pois permitem um estudo amplo de possibilidades, uma vez que o medo de arriscar e errar é menor quando os custos de prototipação são baixos.

Se quiser saber mais sobre os protótipos iniciais (wireframes), aqui explicamos melhor a importância dessa ferramenta.